A Primeira Noite de um Homem

Ando num projeto arrojado durante essas minhas férias fora de época - assistir ou reassistir aos filmes incompletos ou antigos demais que andei esquecendo ou fragmentando na memória. But, como a autoridade em audiovisual não soy yo, neste singelo blog, vou ilustrar sobre o que me é de direito - só o visual mesmo.
O filme assistido é A Primeira Noite de um Homem, com o Dustin, a Anne Bancroft e a ex-linda Katharine Ross. A película é de 1967 e é jóia pra analisar a indumentária 60´s, com o futurismo-retrô aliado ao lifestyle californiano de esturricamento ao sol.
A maquiagem, reforçada nos olhos, com cílios postiços e delineadores deixando para a boca só o cor de pele ou rosa pálido é aliado aos vestidinhos acima do joelho em decorrência do reinado de Mary Quant, Courrèges e outros nomes da moda, nas personagens de mais idade, como a Mrs. Robinson. Já a filhota Robinson, a Elaine, (parecida com a modelo Veruschka) tem um estilo mais Bardot, com cabelão solto ou só no volume em cima e roupas condizentes com a estética da juventude beatnik...blusas sem gola com calças mais justas. Eeeenfim..linda a estética e, por isso, o revival do estilo 60´s sempre acontece na moda (leiam-se os últimos penteados das famosidades por aí).

Kiwi!

Nessa era chatinha em que nos encontramos, na qual o cinema tá meio que retrocedendo ao exclusivo deslumbramento visual dos vaudevilles, com todos esses filmes vazios em 3D e cheios de efeitos especiais desnecessários, assisti a uma animação que, em pouco mais de 3 minutos, dá uma aula do que cinema is really about (na minha humilde opinião).
O nome do curta é "Kiwi!" e demoraria mais pra eu escrever sobre o que ele é do que vocês o assistirem, então... assistam:
(clica aqui, ó!)
Agora, com lágriminhas quase caindo dos olhos, digam comigo: "oooohhnnn". Não é lindo? E é uma animação extremamente simples. Não que eu saiba fazer, mas dá pra perceber que é um 3D bem básico, tanto que foi todo praticamente feito por uma só pessoa (Dony Permedi), com exceção da música e das nuvens.
Cara, cinema é isso! É essa capacidade de emocionar, mesmo em pouquíssimo tempo e com poucos recursos. E tudo contribui pra esse efeito. A música foi genialmente escolhida, o personagem é construído de forma que a gente se conecte a ele quase que instantaneamente e cada detalhe da expressão dele arranca da gente uma reação.
Mesmo não sendo uma animação super sofisticada, tem um poder enorme de nos emocionar, e é bom que isso fique na cabeça dos aspirantes a cineastas... O que interessa é como você conta sua história.
Yes, we can.

ps: Obrigada Felipe por ter me mostrado esse e outros vídeos. Fofo!

Sonho de consumo

Sabe aqueles momentos em que você praticamente precisa de uma câmera em mãos? Seja pra bater a foto de uma paisagem especial ou só filmar as besteiras que aquele seu amigo bêbado está fazendo? Bom, a gente sabe. Pra isso, a Sony lançou recentemente a Bloggie, essa câmera de bolso LINDA que filma em full HD e tira fotos em até 5 megapixels. Além de tudo, ainda vem em quatro cores: branco, turquesa, rosa e roxo. Portabilidade, estilo e qualidade. Pra quê coisa melhor?!
Não só para futilidades, óbvio, mas, para os amantes do fazer cinematográfico, a Bloggie leva a máxima de Glauber Rocha "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" a um nível totalmente novo de facilidade. Além de ser muito simples, ela tem recursos como o giro de 270° do visor (isso é um mundo de possibilidades estéticas!) e o USB integrado, pra descarregar suas fotos e vídeos em qualquer computador, sem aquela chatice de "esqueci o cabo".
Para nós mulheres, ela ainda cabe facinho em qualquer uma das nossas bolsas! Tanto as sacolonas do dia a dia quanto as pequenininhas transversais da balada, onde, by the way, a Bloggie encontraria vááárias opções de uso se eu a tivesse.
Alguém aí tem R$999,00 pra me presentear? Aceito em 10x. Hehe.

Bazzinga!



"Bazzinga" é uma expressão utilizada no desenho animado Family Guy (Uma Familia da Pesada) e significa algo como "Te peguei nessa!" ou "Essa foi boa, né?!". A importância da expressão ,recentemente, tem sido graças ao personagem Sheldon em The Big Bang Theory, uma das melhores séries dos últimos tempos.
Um dos pontos altos da sitcom se deve pelos figurinos dos personagens nerds: Sheldon, Leonard, Howard e Raj. O styling é perfeito ao somar as combinações esdrúxulas de cores e texturas, o que "aparenta" a mesma dificuldade que têm em se vestir quanto a que têm em interagir socialmente. Ao mesmo tempo, as influências do meio informático, das ciências exatas e das histórias em quadrinhos é recorrente nas estampas das t-shirts, nas fantasias e acessórios pessoais e de casa como a cortina do banheiro do apartamento de Sheldon e Leonard (uma tabela periódica).
Leonard sempre faz a composição de t-shirts com logotipo como por exemplo o do navegador da web Konqueror + uma sobreposição de casaco aberto que sempre parece o deixar menor e mais baixinho do que já é.
Sheldon faz a sobreposição de mangas longas e t-shirts curtas, listradas ou de cores vivas, dando um ar mais infantil ao seu personagem, característico de sua personalidade.
Já Raj é um indiano que tenta adotar o estilo de vida americano e é quem mais possui o estilo geek tradicional na indumentária. As referências de seus looks são marcadas pelo estilo preppy tradicional, por meio de coletes, cardigans e moletons, de cores claras.
Por fim, e não menos importante, Howard Wolowitz, o único da turma que não possui doutorado mas tem estilo de sobra. Seu cabelinho estilo Beatles em começo de carreira é um composê aos seus looks de golas altas+calças coloridas e apertadas +cinto. E as cores? Inspiradas no personagem cearense Tiririca, for sure.


Alices e mais Alices



Apesar das controvérsias quanto à data, é fato: a versão de Tim Burton de Alice no País das Maravilhas está chegando ao Brasil em mais ou menos um mês. O diretor, dando de cara com a maior bilheteria de sua carreira, afirmou que nunca teve vontade de fazer uma adaptação da história da menina que segue o coelhinho frenético pela toca, mas que se interessou em realizar uma versão 3D.
OK, não estou dizendo de forma alguma que sou contra esse filme. Repito: de forma alguma. Inclusive, mal posso esperar para assistir, mas tenho que fazer minhas ressalvas. A primeira é quanto ao cinema 3D. Tudo bem, é lindo, mas será que é tão extremamente necessário? Tenho medo de daqui a pouco eles quererem lançar versões 3D de.. sei lá.. Casablanca. Mas essa é uma discussão looonga. Indo pra uma mais objetiva, minha outra preocupação é justamente quanto aos roteiros originais. Onde estão eles?! Um número tão grande de adaptações de livros e de outros filmes e planos de remakes em 3D tão aparecendo que eu mal consigo enxergar os roteiros novos, aquelas belezinhas que são feitas especialmente pra ir pra telona. Lindas. Por isso, um rojão de fogos de artifício (bem atrasado) pro Tarantino por Bastardos Inglórios. Merecia o Oscar, mas falar sobre uma coisa tão atual e nacionalista quanto o Iraque obviamente ganhou. Ah, falando em roteiros adaptados, Tim Burton já está com outro na fila: A Família Addams, em 3D.
Lógico que não sou contra adaptações, apenas sinto falta de mais roteiros originais.
Ainda falando delas, enquanto não chega o banquete para os olhos de Burton, podemos ver algumas outras do excelente livro de Lewis Carroll.
Essa é a primeira ever filmada, em 1903, obviamente muda, com duração de uns 8 minutos. A película tá bem gasta, mas eu sou muito fool e acho até que dá um charme:

Outra é um trecho da de Jan Švankmajer, artista surrealista tcheco que, inclusive, tem muitos outros filmes literalmente fantásticos.

E pra quem é realmente louco pela história, ainda tem o link da biblioteca britânica que dá acesso ao manuscrito original do livro (vi no site Idea Fixa).

Dá pra nos manter ocupados por (mais ou menos) um mês, né?

As adoráveis Julias

Julie&Julia é um filminho meio água com açúcar ou boeuf bourguignon queimado mas vale a pena se você quiser matar o tempo e tiver recém saído de um rodízio porque o filme dá uma fome absurda. Além das imagenszinhas fofas de Paris, o que me chamou atenção foi o styling da Julie Powel interpretada pela Amy Adams, que fofamente combinou as pérolas fake com os tênis slip-on Vans tradicionais e quadriculadinhos.


Notas musicais costuradas?

Tem coisinha mais legal que juntar duas belezuras como moda e música, colocar tudo na batedeira e servir pra nós telepáticos espectadores? Tem não né? Eu pelo menos acho. God save a era dos videoclipes com referências fashionzinhas.
Ficam aí as dicas: